Análise: 10⁰ título da geração Gabigol é conquistado sem atuação "à Flamengo"

Time dá aperitivo de futebol dominante, mas termina segundo tempo sofrendo e chega ao tetra com reviravolta nos pênaltis

O mais novo tetracampeão da Copa do Brasil deu aperitivo de futebol "à Flamengo" nos 20 minutos iniciais contra o Corinthians, mas fez os rubro-negros revisitarem o período de vitórias a duras penas no restante da partida.

Se o time abriu o marcador com um belo gol coletivo que fez jus ao futebol refinado que dá ao Flamengo o posto de protagonista desde 2019, com 10 campeonatos conquistados, o segundo tempo lembrou títulos que foram marcados pela máxima "se não for sofrido, não é Flamengo".

Blitz inicial

Flamengo fez jus à superioridade técnica que tem em relação ao Corinthians e foi para cima desde o início. O gol saiu cedo com participação de quatro de seus principais jogadores.

Arrascaeta ditou o ritmo, Filipe Luís iludiu a marcação com movimentação especial, e Ribeiro ficou responsável pelo passe final. Pedro recebeu em profundidade e escolheu a hora certa para tocar e vencer Cássio.

Minutos depois, Arrascaeta conseguiu bom chute dentro da área, e Pedro tirou tinta da trave direita de Cássio em cruzamento de Filipe Luís.

Flamengo era soberano em campo e dava impressão de que partiria para novas tranquilas vitórias diante do Corinthians, como fez em 2019 e 2020, com 4 a 1 no Rio e 5 a 1 em São Paulo.

Ainda houve um gol anulado por detalhe que também teria assinatura do estilo "à Flamengo", instituído por Jorge Jesus, e repetido em discurso das principais lideranças da geração que tem como principal expoente o centroavante Gabigol.

Ficou no aperitivo, o Flamengo parou de morder e, como disse Filipe Luís após o jogo, passou a se preocupar mais em garantir o 1 a 0 do que pensar em ampliar o resultado.

Mas, exceção a um chute prensado de Fausto Vera, o Corinthians não assustou. É verdade que cobrou uma série de escanteios antes de Wilton Pereira Sampaio encerrar a primeira etapa, mas não conseguiu ser perigoso.

Segundo tempo de sofrimento

Ciente de que seu time pouco ameaçara na etapa inicial, o português Vitor Pereira trocou Lucas Piton por Adson.

Depois de um fim de primeiro tempo desanimador por conta da presença corintiana rodando a área rubro-negra, o Flamengo voltou a esboçar reação. Primeiro Vidal deu lindo carrinho em Renato Augusto, depois Gabigol voltou à linha de fundo defensiva para roubar bola de Fábio Santos.

A demonstração de raça reacendeu por minutos a torcida do Flamengo, que estava morna no fim da etapa inicial.

Aos oito minutos, Arrascaeta perdeu chance incrível após passe de Gabigol. Aos 12, foi a vez de Gabi desperdiçar após ótima trama ofensiva que teve participação de David Luiz, Arrascaeta, Ribeiro e Pedro.


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